
Em janeiro
de 2021, Goiás recebeu pacientes de Manaus (AM), durante período crítico com
falta de oxigênio na cidade (Fotos: Arquivo SES-GO)
Na véspera do Dia
Internacional de Conscientização sobre a Covid Longa, o Governo de Goiás, por
meio da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), alerta a população
sobre a necessidade de acompanhamento e tratamento dos agravos decorrentes da
Covid-19, denominados como Covid Longa.
Uma
pesquisa realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro,
constatou que a infecção pelo coronavírus deixou sequelas graves e persistentes
em uma parcela significativa da população, entre as quais fadiga, dor
intramuscular, encefalite miálgica e comprometimento cognitivo.
O Estudo da
Fiocruz foi feito em parceria com a Escola de Saúde Pública de Harvard e com a
Escola de Economia e Ciências Políticas de Londres.
Os
resultados da pesquisa apontaram alta prevalência de sintomas após a Covid:
91,1% dos entrevistados relataram, pelo menos, um sintoma; e 71,3% afirmaram
vivenciar pelo menos um sintoma frequente. Do total de entrevistados, 39,3%
informaram que tiveram síndrome pós-Covid, mas, apenas 8,3% tiveram um
diagnóstico de Covid Longa de um profissional de saúde.
Goiás dispõe de uma rede
hospitalar apta a prestar a assistência necessária às pessoas que sofrem com
Covid Longa. Essa rede é composta por seis policlínicas e 23 hospitais
altamente especializados, localizados na capital e em municípios estratégicos,
em diferentes Regiões de Saúde.
“Essas
unidades são dotadas de aparelhos de última geração e de equipes
multiprofissionais preparadas a realizar o atendimento ágil, integral e
humanizado”, assinala o secretário de Estado da Saúde de Goiás, Rasível Santos.
A SES-GO, por meio da
Superintendência de Políticas e Atenção Integral à Saúde, está estruturando uma
linha de cuidado dedicada à doença, com o objetivo de organizar a assistência e
promover capacitações voltadas à identificação precoce e ao diagnóstico
preciso. Essas iniciativas buscam garantir uma assistência mais adequada,
efetiva e humanizada aos pacientes.
Em 2023, a Organização
Mundial da Saúde (OMS) instituiu a data de 15 de março como o Dia Mundial de
Conscientização sobre a Covid Longa.
Cinco anos de pandemia
Os três
primeiros casos de Covid-19 foram registrados em Goiás no dia 12 de março de
2020. Desde então, foram confirmados mais de 2 milhões de casos da doença no
território goiano. O Governo de Goiás atuou de forma rápida quando ocorreram os
primeiros casos.
De imediato, o governador
Ronaldo Caiado – único médico a gerir um Estado no País – adotou uma série de
providências relacionadas à prevenção da doença no território goiano e ao
tratamento das pessoas que contraíram a infecção.
Medidas de prevenção à doença
Entre essas iniciativas,
destacam-se:
o incentivo à população de
permanecer em casa,
a instituição do teletrabalho
no serviço público estadual,
o esclarecimento diário sobre
a doença nos meios de comunicação,
a instalação de oito Hospitais
de Campanha (HCamps) para tratamento das vítimas da enfermidade,
a capacitação contínua dos
profissionais de saúde,
bem como o abastecimento dos
municípios goianos com medicamentos imprescindíveis e vacinas contra a
Covid-19.
Hospitais de Campanha
Os Hospitais de Campanha foram
instalados na capital e nos municípios de:
Formosa,
Jataí,
Luziânia,
São Luís de Montes Belos,
Itumbiara,
Porangatu
e Uruaçu.
O governo
federal também instalou um Hospital de Campanha em Águas Lindas de Goiás.
Durante a pandemia, o
Estado fez investimentos expressivos para a extensão do quantitativo de leitos,
por meio de convênios com municípios e ampliação da rede própria, com foco na
Regionalização da Saúde.
“Esses
investimentos resultaram na ampliação da rede hospitalar do Estado,
especializada em prestar assistência aos casos de alta complexidade”, enfatizou
o secretário.
Ele
ressalta que Goiás se destaca como um dos Estados que mais avançou no processo
de regionalização da saúde, com a implementação das unidades de alta
complexidade em diferentes pontos do território.